O exercício da escrita



As palavras saem e o mundo faz sentido, pelo menos, pelo tempo que durará o texto, não no relógio, mas em mim. Palavras essas que só ganham valor quando lidas em voz alta após escritas. Aí sim elas se tomam de vontade, ecoam pela sala, dançam a dança da verdade, da loucura e quiçá da alegria. Percebo que escrevo bem pouco quando estou  alegre, que é quando prefiro viver, estar rodando pelo quarto ao som de Beach Boys, sozinha ou acompanhada. Já na tristeza, não há o que tire de mim palavras, só a lapiseira e o caderno, silenciosamente; por vezes, o papel fica molhado, marcado com a dor daquele dia. E é assim que a escrita existe, com sentimento, com suor dedicado àquelas linhas, com a certeza de que "tem coisa que só sai da gente por escrito". 

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